Utopia e politica del movimento sansimoniano (1825-1835)

Claude-Henri de Saint-Simon, uno dei più innovativi pensatori dell‟Ottocento francese, muore il 19 maggio 1825. Da quel momento Benjamin-Olinde Rodriguez e altri discepoli come Saint-Amand Bazar e Prosper Enfantin s‟impegnano nella costituzione di un movimento poggiato sulla dottrina sansimoniana, a partire dalla redazione della Exposition de la Doctrine de Saint-Simon, che vede la luce nel 1829. Si tratta di un‟opera importante perché volta alla divulgazione di una dottrina finora poco diffusa, e perché dà un decisivo impulso allo sviluppo del movimento sansimoniano. L‟attività che quest‟ultimo porta avanti fino al 1832 suscita grandi attenzioni e dibattiti, e fa sì che tale movimento sia poi stato inscritto nella storia alla voce „utopie‟, sia stato assunto da molti come efficace rappresentazione di un „movimento utopista‟. Questo articolo esplora alcune coordinate e ragioni di tale rappresentazione dei sansimoniani come utopisti. Per farlo, ci si domanderà anzitutto a quale concetto di utopia tale inscrizione storiografica faccia riferimento, osservando perciò la rappresentazione marxista delle utopie socialiste (§ 1). Di qui si cercherà poi di misurare gli elementi su cui l‟esperienza dei sansimoniani pare discostarsi da questa definizione (§ 2), evidenziando loro la coerenza rispetto al campo di problemi al centro della loro epoca (§ 2.1) e i contenuti del loro programma riformatore (§ 2.2). L‟ultima sezione interroga infine i tratti più propriamente utopistici del sansimonismo (§ 3), concentrandosi, da una parte, sulla sua dimensione di comunità religiosa (§ 3.1), e, dall‟altra, sui suoi caratteri di utopia positivista e industriale (§ 3.2). *** ***Claude-Henri de Saint-Simon, um dos mais inovadores pensadores do Oitocentos francês, morre em 19 de maio de 1825. A partir deste momento, Benjamin-Olinde Rodriguez e outros discípulos, como Saint-Amand Bazar e Prosper Enfantin, se empenham na constituição de um movimento baseado na doutrina sansimoniana, a partir da redação da Exposition de la Doctrine de Saint-Simon, que vem a público em 1829. Trata-se de uma obra importante, porque voltada à divulgação de uma doutrina que, até o momento, havia tido pouca difusão, e porque dá um impulso decisivo ao desenvolvimento do movimento sansimoniano. A atividade que levará adiante até 1832 suscita grandes atenções e debates, de modo que, vários anos depois, de forma póstuma, ele seja inscrito na história do termo “utopia”, e seja aceito por muitos como um eficaz representante de um “movimento utopista”. Este artigo explora algumas coordenadas e razões desta representação dos sansimonianos como utopistas. Para tal, indaga-se, antes de tudo, sobre qual conceito de utopia tal inscrição historiográfica faz referência (§ 1). Em seguida, busca-se, por um lado, determinar os elementos sobre os quais a experiência do movimento parece distanciar-se desta definição (§ 2), evidenciando sua coerência em relação ao campo de problemas centrais de sua época (§ 2.1) e os conteúdos de seu programa de reforma (§ 2.2). A última seção interroga, por fim, os traços mais propriamente utopistas do sansimonismo (§3), concentrando-se, por um lado, sobre sua dimensão de comunidade religiosa (§ 3.1), e, por outro, sobre suas características de utopia positivista e industrial (§ 3.2).