Qualidade de tambaqui insensiblizado por choque térmico e asfixia ao ar

É prática na região amazônica asfixia ao ar do tambaqui de criação, método de abate considerado não humano. Foram avaliados os efeitos de insensibilização pré-abate em tambaqui realizado por asfixia ao ar ou choque térmico comparado à anestesia com eugenol (controle), sobre parâmetros de qualidade da carne. Determinou-se o índice de rigor mortis, bases nitrogenadas voláteis (BNV), pH, textura muscular, cor, alterações de comprimento e largura dos filés. Para cada tratamento utilizaram-se dez tambaquis (peso médio ± 2,22 kg), e após a insensibilização e abate os peixes ou filés foram mantidos em gelo por 144 horas. A anestesia com eugenol retardou (P<0,05) a entrada dos peixes no rigor mortis, porém após 144 hs não houve diferença (P>0,05) com a asfixia ao ar. A contração dos filés foi menor (P< 0,05) após 72 horas de estocagem para os peixes insensibilizados por eugenol, bem como a textura no tempo zero. A luminosidade foi menor nos peixes anestesiados, e não houve diferença entre os tratamentos para BNV e pH. Asfixia ao ar e hipotermia como métodos de insensibilização mostraram capacidade similar no comprometimento da qualidade do tambaqui. Para esta espécie sugere-se investigação de outros métodos de insensibilização pré-abate, como a eletronarcose.