Este capítulo centra-se na coletânea de contos Tanta gente, Mariana (1959), de Maria Judite de Carvalho. Tem como objetivo analisar as formas como a autora, através das trajetórias das protagonistas, contribui para desenhar uma geografia da subalternidade feminina, principalmente dentro da cidade de Lisboa, nas décadas centrais do século xx. Tanto o espaço quanto os seus habitantes são espelhos de um contexto urbano hostil que confina inexoravelmente estas mulheres «fora do lugar». Embora a perspetiva seja predominantemente intimista, os contos apresentam referências a um universo disfórico em que interioridade e a exterioridade são fundidas no mesmo estado de desolação, refletindo a falência do espaço (urbano e rural) e dos sujeitos que nele habitam. [This article focuses on the collection of shortstories Tanta gente, Mariana (1959), by Maria Judite de Carvalho. It aims to analyse the ways in which the author, through the trajectories of the protagonists, contributes to design a geography of feminine subalternity, particularly inside the city of Lisbon, on the central decades of twentieth century. Both the space and its inhabitants are mirrors of a hostile context that confines these women inexorably «out of place». Although the perspective is predominantly intimate, the short stories present references to a dysphoric universe in which interiority and exteriority are merged in the same state of desolation, reflecting the failure of the space (urban and rural) and of the subjects who inhabit it.]
Mulheres «fora do lugar»: Lisboa como espaço de exclusão feminina em Tanta gente, Mariana de Maria Judite de Carvalho / milani ada. - STAMPA. - (2024), pp. 173-191.
Mulheres «fora do lugar»: Lisboa como espaço de exclusão feminina em Tanta gente, Mariana de Maria Judite de Carvalho
milani ada
2024
Abstract
Este capítulo centra-se na coletânea de contos Tanta gente, Mariana (1959), de Maria Judite de Carvalho. Tem como objetivo analisar as formas como a autora, através das trajetórias das protagonistas, contribui para desenhar uma geografia da subalternidade feminina, principalmente dentro da cidade de Lisboa, nas décadas centrais do século xx. Tanto o espaço quanto os seus habitantes são espelhos de um contexto urbano hostil que confina inexoravelmente estas mulheres «fora do lugar». Embora a perspetiva seja predominantemente intimista, os contos apresentam referências a um universo disfórico em que interioridade e a exterioridade são fundidas no mesmo estado de desolação, refletindo a falência do espaço (urbano e rural) e dos sujeitos que nele habitam. [This article focuses on the collection of shortstories Tanta gente, Mariana (1959), by Maria Judite de Carvalho. It aims to analyse the ways in which the author, through the trajectories of the protagonists, contributes to design a geography of feminine subalternity, particularly inside the city of Lisbon, on the central decades of twentieth century. Both the space and its inhabitants are mirrors of a hostile context that confines these women inexorably «out of place». Although the perspective is predominantly intimate, the short stories present references to a dysphoric universe in which interiority and exteriority are merged in the same state of desolation, reflecting the failure of the space (urban and rural) and of the subjects who inhabit it.]File | Dimensione | Formato | |
---|---|---|---|
Milani_Ribatejo_Estremadura.pdf
Accesso chiuso
Tipologia:
Pdf editoriale (Version of record)
Licenza:
Tutti i diritti riservati
Dimensione
230.87 kB
Formato
Adobe PDF
|
230.87 kB | Adobe PDF | Richiedi una copia |
I documenti in FLORE sono protetti da copyright e tutti i diritti sono riservati, salvo diversa indicazione.